Penso que pelo título, já sabes daquilo que vou escrever. Mas estás enganado, não irei escrever sobre Deus ou a Igreja... Vou escrever sobre as convicções que todos nós temos.
Um colega meu, no outro dia, alguém disse que tínhamos que rezar um pai-nosso. Só por brincadeira fui ver se ainda me lembrava da lenga-lenga "Pai-nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome..." pois então esse tal colega passa por mim e diz-me "Eu não acredito nessas coisas, então agora vou estar a falar sozinho, que estupidez! Vou rezar como se estivesse alguém no Olimpo a ouvir-me, só faltava mais essa!". Eu, apesar de não acreditar em Deus, acredito no que a Igreja Católica prega e não o que faz. Penso que esses são os fundamentos da nossa sociedade atual. De qualquer maneira, o que esse colega meu fez foi ridicularizar as crenças dos outros, rebaixá-las ao máximo, estupidificá-las... Enfim, o que é mais que certo quando lidamos com uma pessoa que acredita em algo que nós não acreditamos, o mínimo que podemos fazer é mostrar um certo respeito pelo que nos está a ser dito e se essa pessoa estiver errada, tentar convence-la respeitosamente a deixar de acreditar naquilo que acredita. Se eu acreditasse que o céu era cor-de-rosa, então não seria muito difícil convencer-me do contrário, seria só preciso levar-me para a rua e fazer-me olhar para o céu e constatar que era azul. Agora no caso de existência de Deus, é um caso mais complicado, nem os que acreditam podem comprovar que existe, nem os que não acreditam podem comprovar que não existe. Portanto até descobrirmos se existe ou não, temos de ter respeito de ambos os lados. Tanto os que acreditam como os que não acreditam devem ter respeito pelo lado contrário, o que nem sempre acontece. Desta maneira é possível ter uma discussão civilizada sobre estes assuntos e desta maneira podemos ouvir as razões pelas quais os outros acreditam naquilo que acreditam e vice-versa. Espero que quem ler este texto tenha pelo menos ficado a perceber que é preciso respeito. Muito respeito.