sexta-feira, 18 de março de 2011

Europa XXI

Quando penso na Europa, e na sua evolução, imagino sempre um queijo. Sabes aqueles queijos que tu olhas para eles e eles parecem mesmo fantásticos, é desses que eu estou a falar. Com a Europa aconteceu o seguinte, vimos um queijo, daqueles mesmo fantásticos. Decidimos comprar o queijo e levá-lo para casa. Quando decidimos prová-lo, cortámo-lo com muito cuidado e reparamos que era daquele queijo cheio de buracos. Apesar de tudo, um queijo extremamente saboroso, pelo menos o que se podia comer e fomo-nos acostumando ao queijo e até arranjámos um sítio especial no frigorífico para o queijo. O queijo parecia não acabar. Passado uns dias, fomos ver como estava o queijo e descobrimos que nos buracos onde devia estar queijo começou a crescer bolor e o que parecia um queijo fantástico, tornou-se um pesadelo, porque o bolor do queijo era contagioso e todos os iogurtes, todos os vegetais, todos os leites ficaram estragados. A única opção seria limpar ou trocar o frigorífico.

Com isto leia-se o queijo como a Europa, os buracos como as lacunas na organização da Europa, o bolor como a crise mundial e os outros produtos do frigorífico tudo o que é sociedade.

Mas infelizmente é verdade, tudo pareceu ótimo no início, tudo era bom. Agora vemos que precisamos de mais, a Europa como esta hoje não chega ou secalhar está a mais, agora isso depende das interpretações.

Eu sempre fui um defensor da Europa como união, sempre achei que a Europa é um dos melhores sítios para se viver, mas também podemos dizer que as pessoas da Europa não são as melhores, sempre tivemos a mania da superioridade em relação aos outros. A Europa é uma Eu-ropa literalmente, onde o que interessa é os interesses das grandes potências e que aquela visão de igualdade dos estados soberanos foi-se desvanecendo-se com o tempo. É triste…

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