sábado, 7 de maio de 2011

Para fazer a diferença basta um!

Realmente, nós queixamo-nos de barriga cheia. Se calhar estou a adotar aquela postura “Há pessoas em condições bem piores!”. Mas, na verdade e se tomarmos atenção, é isso que se passa. Apesar de tudo, somos um povo extremamente hospitalar e ainda nunca ouvi nenhum estrangeiro queixar-se do nosso trato, da gastronomia, do ambiente e muito menos das paisagens de Portugal. Isto para dizer que, apesar de chover como se não houvesse amanhã na zona do Alentejo onde me encontro, estou perante uma das mais bonitas paisagens que alguma vez vi.
Valorizar o que é Portugal é como valorizar uma pessoa que amamos e tenho pena que a maioria dos portugueses continue a escolher os estrangeirismos quando, até os estrangeiros escolhem Portugal.
Ainda assim, não cheguei ao cerne da questão. Se nós nos amamos uns aos outros (ou fingimos que amamos), por que não amar o terreno que nos permite amarmo-nos uns aos outros? Continuamos a ser hipócritas e, por vezes, quando as pessoas contribuem para um ambiente melhor é apenas para comunicar aos outros que o fizeram e não, porque é um dever cívico e um direito que o planeta que nos acolhe tem. Chega ao cúmulo de se viajar de comboio para que quando se chega ao destino, comentar com os amigos, na altura em que falam sobre o aumento do preço do combustível, “ Eu não tive esses problemas, eu vim de comboio!”, apenas e só para ouvirem:” Uau! Assim foi menos um a poluir.”.
Enquanto a preocupação ambiental for com o propósito de “Inglês ver” o país não avança. Enquanto não agirmos por nós ao invés de agirmos pelo que os outros vão pensar ou comentar, não evoluímos.
Esqueçam o resto, lembrem-se que para fazer a diferença, basta um!

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