sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Olha, até para o ano!
domingo, 19 de dezembro de 2010
A crise "deles"
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
É Natal!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Falhar
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Dinamizar Jovem
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Acreditar ou não acreditar, eis a questão...
Penso que pelo título, já sabes daquilo que vou escrever. Mas estás enganado, não irei escrever sobre Deus ou a Igreja... Vou escrever sobre as convicções que todos nós temos.
Um colega meu, no outro dia, alguém disse que tínhamos que rezar um pai-nosso. Só por brincadeira fui ver se ainda me lembrava da lenga-lenga "Pai-nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome..." pois então esse tal colega passa por mim e diz-me "Eu não acredito nessas coisas, então agora vou estar a falar sozinho, que estupidez! Vou rezar como se estivesse alguém no Olimpo a ouvir-me, só faltava mais essa!". Eu, apesar de não acreditar em Deus, acredito no que a Igreja Católica prega e não o que faz. Penso que esses são os fundamentos da nossa sociedade atual. De qualquer maneira, o que esse colega meu fez foi ridicularizar as crenças dos outros, rebaixá-las ao máximo, estupidificá-las... Enfim, o que é mais que certo quando lidamos com uma pessoa que acredita em algo que nós não acreditamos, o mínimo que podemos fazer é mostrar um certo respeito pelo que nos está a ser dito e se essa pessoa estiver errada, tentar convence-la respeitosamente a deixar de acreditar naquilo que acredita. Se eu acreditasse que o céu era cor-de-rosa, então não seria muito difícil convencer-me do contrário, seria só preciso levar-me para a rua e fazer-me olhar para o céu e constatar que era azul. Agora no caso de existência de Deus, é um caso mais complicado, nem os que acreditam podem comprovar que existe, nem os que não acreditam podem comprovar que não existe. Portanto até descobrirmos se existe ou não, temos de ter respeito de ambos os lados. Tanto os que acreditam como os que não acreditam devem ter respeito pelo lado contrário, o que nem sempre acontece. Desta maneira é possível ter uma discussão civilizada sobre estes assuntos e desta maneira podemos ouvir as razões pelas quais os outros acreditam naquilo que acreditam e vice-versa. Espero que quem ler este texto tenha pelo menos ficado a perceber que é preciso respeito. Muito respeito.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Tudo&Nada
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Ser Português
Hoje vejo amigos e conhecidos a olharem para Portugal e dizerem que preferem o Japão, os Estados Unidos etc. Certos que estes países são mais ricos, são melhores, as pessoas vivem melhor. Existem muitas razões para nós, portugueses, velhos ou novos, gostarem de outros países. Afinal aqui nada funciona, é só crise! Agora pergunto-me será que estas pessoas que detestam tanto Portugal ou gostam mais dos outros países conhecem realmente o que é ser português, o que é ser Portugal?
Para mim ser português, ser Portugal, é tudo o que vemos nas nossas ruas. É ir a uma praça e ver as mulheres a venderem peixe, é ir às festas tradicionais e ouvir música pimba, é sentirmo-nos em cada rua como se estivéssemos em casa, é rirmo-nos do que não tem piada, é desenrascarmo-nos quando não há outra maneira, é ser o mais simpático e acolhedor, é fazer escabeche a torto e a direito, é conhecer a nossa história, saber o que fomos, emocionarmo-nos com o que fomos, é aspirar a ser melhor cá dentro, é ir às ruas de Lisboa e sentir a nossa história, é ajudar os outros quando eles precisam. Ser português é falhar e recuperar. É ver as nossas festas e festejar. Comer a nossa comida e saborear. Ver as nossas vistas e descansar. Ouvir a nossa música e imaginar…
Portugal para mim é o melhor país do mundo. Portugal é a minha casa, onde cresci e onde quero viver! Este Portugal somos nós com todos os nossos defeitos e perfeições. Eu tenho vergonha de que diz que não tem orgulho em Portugal. Tenho vergonha de que tem vergonha de dizer que é português! Tenho vergonha daqueles portugueses que dizem que o Japão, os Estados Unidos são melhores que nós pois esses não sabem quem somos. Para mim nada é melhor do que chegar a casa depois de um dia cansativo e pensar que pertenço a um povo com mais de 8 séculos de história.
Agora pensem, pensem e repensem. Se estivessem noutro lado qualquer, estariam melhor?
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Esta juventude!
domingo, 24 de outubro de 2010
A piada de isto tudo
Com tanta coisa a passar-se agora, nem sei por onde começar… Temos orçamento de estado, chaves em Portugal, mineiros no Chile, ataques terroristas na europa, horta na casa branca, guerra no Iraque, bombas em Israel, casa dos segredos, orçamento de estado, Sócrates vs. Passos coelho, défice a subir, juros a subir, ordenados a descer, eleições no Brasil; (pausa para respirar); Teixeira dos Santos, jovens sem emprego, eleições presidências, Cavaco calado, orçamento de estado, novas tecnologias, SIDA em África e etc. Podia continuar, mas já fiquei sem palavras. Para responder ao título, a piada de isto tudo é que não tem piada nenhuma. Somos constantemente bombardeados por este tipo de informação, a maior parte são coisas terríveis e parece que ninguém se importa. Parece que as pessoas ouvem e desligam. Como é possível? Eu sei como, porque até eu o faço. Longe de vista, longe do coração. Nós pensamos que com todos os nossos problemas pessoais, deixa de haver espaço para os problemas que realmente devem ser resolvidos. Quantas vezes já vi raparigas a chorar quando o namorado acaba com elas e quando vêm uma notícia que morreram x pessoas nem sequer um sinal de tristeza? As prioridades estão todas ao contrário. As nossas cabeças estão todas ao contrário. Mas infelizmente há pouco que nós possamos fazer por isto tudo, a única coisa que nos resta é vivermos passivamente, passar ao lado destas notícias e continuar a rir, antes que nos apercebamos que nada disto tem piada.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Positiva-te!
“Agarra o dia. Faz hoje tudo o que tinhas prometido para amanhã. Positiva-te. Esquece o dia do pai, o dia da mãe e inventa o dia da tua família, mas não te esqueças do dia mundial da criança porque estes são todos os dias e as crianças são um mundo sem fim. Ouve as histórias dos teus avós, lembra-te que eles sabem tudo sobre ti e tu não sabes metade da história deles. Descobre o país que tens, a aldeia onde viveste, o mundo que queres comprar. Descobre os teus vizinhos secretos, mas não os seus segredos. Abre as janelas, finge que tens uma varanda e pinta novamente a tua casa de alegria. Apanha o metro, anda a pé ou manda toda a gente passear. Preocupa-te com a saúde mas não sempre. Toma vitaminas mas não sempre. Tu sabes muito bem que não vais viver para sempre. Mas tenta pelo menos viver para o dia de hoje. Não leias as mensagens dos outros, mas faz uma coisa proibida por dia. Escreve uma carta de amor sem destino. Anda em marcha atrás na rua sem olhar. Olha em redor. Aprende uma palavra nova já: serendipidade, procrastinação. Faz hoje tudo aquilo que tinhas prometido para amanhã e escreve uma palavra em mandarim ou japonês. O amor está no ar. Voa! Viaja para outros países e continentes. Descobre outra luz do sol e novas madrugadas sem dormir. Corre sem parar, sorri sem pecar, brilha sem vergonha. Não sabes se este vai ser o teu último dia de vida, mas sabes que ele pode muito bem ser o primeiro.” TVI24 (anúncio”positiva-te”)
sábado, 16 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
Os (des)Informadores
Ainda no outro dia, estava a ver o telejornal calmamente, à hora de almoço, descansado da vida. Impávido e sereno, com o meu sentido crítico em baixo devido a toda esta calma, pensando que a informação que me estavam a transmitir era certa e que não havia necessidade de fazer a “filtragem” das notícias que passavam no ecrã. Claro que eu tinha noção que não podíamos confiar em tudo aquilo que ouvimos, mas no meio daquela calma toda e isto de certeza que aconteceu a todas as pessoas, eu não me estava a preocupar.
Até que vi uma notícia que me despertou, uma notícia que me irritou seriamente. Só pensava “Como é que é possível?”. Então nesta dita notícia era noticiado como em muitas notícias o estado da crise e neste caso os cortes do salário. Disseram que um ordenado de 4000 euros iria passar a um ordenado de cerca de 2300 euros e eu pensei “O que? Não pode!”, então os cortes iam ser de 10% no máximo. Fiquei intrigado. Mais tarde no noticiário, noticiaram que o ordenado de que falavam era em bruto, ou seja, sem incluir os descontos.
Pois o que me deixou a pensar foram os milhares de pessoas não atentas, que estavam ali, a almoçar aquela hora, com as defesas em baixo e tinham visto a notícia sem sequer pestanejar e provavelmente disseram, à boa maneira portuguesa “Meu deus, que ultraje!”, enquanto a informação estava a ser dada estava, vamos dizer “incompleta”. Agora imaginem essas pessoas a contarem a outras pessoas aquilo que tinham ouvido. Se pensarem assim no final de contas temos milhares de milhões de pessoas que achavam que com um ordenado de 4000 euros o corte seria de 1700 euros, enquanto na realidade o corte será apenas de 150.
Pois então, para mim o que estes ditos “jornalistas” realmente fazem é desinformar. Desinformam o público que não é atento, que já foi desinformado muitas vezes e isto tudo acaba por formar uma discussão desinformada, pessoas desinformadas e principalmente um país desinformado.
De muitas coisas que eu já vi de mal e também de bom neste país, esta é efectivamente das coisas que mais me enoja, mais me provoca repulsa, e para mim um dos maiores problemas do país. A vocês só vos peço uma coisa, estejam atentos, porque nem tudo o que vem na televisão, lêem no jornal ou ouvem no café é a verdade, a verdade realmente verdadeira.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
O medo da diferença
É realmente fantástico como o povo português lida com a mudança. Penso que devia ser estudado, porque realmente deve ser um dos únicos países do mundo onde mudar é sinónimo de terror. Até podemos comparar com os Estados Unidos, nas eleições de 2009, onde Barack Obama foi nomeado presidente, o principal slogan da campanha era “Yes we can change”. Como era expectável existiu alguma resistência por parte das camadas da população mais conservadoras, mas como ficou provado na sua eleição os americanos querem mesmo mudar.
Para dar um exemplo desta adversão à diferença falo-vos de uma coisa insignificante, para realmente entenderem a dimensão da situação. No outro dia decidi mudar, numa coisa obviamente insignificante. O que eu fiz foi em vez de levar a camisa para fora das calças, decidi levar a camisa para dentro das calças. Não me ficou mal, parecia mais adulto e tudo, pensei eu. Quando chego à escola, aproximo-me dos meus colegas e todos eles, excepto os que ainda não tinham chegado, soltaram um “ah” de espanto. Todos me disseram “Mas porque é que meteste a camisa para dentro? Não percebo!”, excepto aqueles que realmente já olharam para fora do umbigo e realmente viram o mundo e felizmente não tem essa adversão à mudança. Passaram o dia inteiro a chatear-me com as mesmas perguntas irritantes, até que no final do dia um colega meu agarra em mim e diz me para tirar a camisa para for a para eu ver que ficava melhor. Eu disse-lhe que não tirava porque achava que estava melhor assim. Então não é que ele me agarra na camisa e tira-a para fora! E depois diz “Assim, sim”.
Se ignorarmos o facto de que a camisa ficaria melhor ou pior para dentro, podemos ver que esta mudança os afectou seriamente. Eu penso que a causa disto foi porque saí dos parâmetros que eles definem por “normal”, logo eles, fizeram os possíveis para me fazer voltar à “normalidade”. Nem sequer se interrogaram se realmente me ficava melhor ou não. Eu falei com as pessoas que já viram o mundo e essas disseram-me que ficava bem com a camisa para dentro. Portanto eu penso que este episódio deveu-se realmente à adversão à mudança.
Quando uma mudança acontece, deve se pensar se esta mudança é positiva ou negativa. Se for negativa realmente deve ser rectificado, mas se for positiva, penso que não há mal nenhum. O problema dos portugueses, na minha opinião, é que realmente eles não pensam e associam a mudança automaticamente a terror.
Para falar dum assunto mais importante não precisamos de ir muito longe. O acordo (actualização) ortográfico foi um dos assuntos mais discutidos nestes últimos meses. Todos os portugueses que se presem disseram exactamente o quê, que não prestava, que não fazia sentido (comparem com a situação anterior). Pois então eu, que suporto o acordo ortográfico em quase toda a sua totalidade penso que esta aversão a este acordo tem a ver efectivamente com esse tal medo da mudança. Se perguntarmos a um português o que ele acha sobre o assunto diz que não presta porque é uma perda de tempo, mas a ver verdade é que ninguém sabe o que muda ou o que deixa de mudar com este acordo. Todos dizem o que vem nas notícias e etc. e por vezes são as coisas mais ridículas possíveis. Esta mudança no me ponto de vista é boa pois simplifica a língua. As consoantes mudas desaparecem. Essa é a principal mudança. Toda a gente pensa que facto muda para fato. Pois fiquem a saber que isso é mentira. Vejam só que a adversão é tanta que os argumentos contra ela até chegam a ser inventados pelos que não tem nada a dizer contra o acordo.
Para terminar penso que esta mentalidade deve ser mudada. Vamos é esperar que esta mudança não seja como todas as outras.