O título deste artigo parece ser parecido com um nome de um filme de terror daqueles mesmos péssimos, parece ser... O problema é que o que eu vos vou contar é realmente um filme de terror que não tem terror nenhum e nem sequer tem nenhuma morte.
Como devem já ter ouvido, nos últimos dias têm havido uma forte onda de protestos contra a alteração a uma coisa que ninguém percebe muito bem, os contratos de associação (muhahahaha... ou talvez não). Então estes contractos foram criados nos anos 80 quando a rede pública era ainda bastante limitada e não chegava a todo o país. Estes contractos eram muito simples, o estado dava dinheiro a uma escola privada para pagar por um serviço que a escola pública ainda não dava naquela altura.
O problema destes contractos eram a sua duração, estes contractos tinham uma duração indeterminada e se o estado quisesse acabar com o contracto teria que esperar o número de anos que tinha passado com o contracto, ou seja, se a escola tivesse esse contracto à 30 anos, teríamos que esperar mais 30 anos para o contracto acabar.
Outro dos problemas que estes contractos tinham era o preço que se pagava por turma, que era mais elevado que na escola pública, o que é justificado até um certo ponto, visto que as escolas estão em sítios que não há escola pública certo? Errado! Hoje, a rede pública cobre todo o território, ou seja, essas escolas com esses contractos tornaram-se obsoletas, exceptuando alguns casos.
Os pais que nós vimos a manifestarem-se com as crianças e com os caixões com fotos de crianças estavam a protestar contra uma medida que vinha resolver os problemas que acabei de dizer. O Ministério da Educação propôs uma adenda ao contracto em que o preço por turma na escola pública e privada ficava igual, o que até faz sentido porque fazendo o mesmo papel devem ter o mesmo dinheiro e retirava a alínea do contracto que estipula aquela brincadeira do dobro dos anos.
Digam-me lá se este filme de terror não é mesmo do piorio, até tem caixões de papel e tudo...
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